terça-feira, 28 de julho de 2009

♪ vamos falar de solidão...

É chegada a hora de falar de mais uma das minhas dissonâncias: minha vida amorosa. Ok, todas as pessoas têm problemas e questionamentos em relação ao amor,mas não é exatamente sobre isso do que se trata a minha dissonância.

Bom, eu tenho 20 anos (21 no próximo dia 18!) e, por mais estranho que possa parecer para as pessoas em geral, eu nunca namorei. "Ah! Mas já ficaste com vários meninos, ?" Vários, não. Apenas dois e nenhum deles foi aquele "oooh", se é que dá para entender.

Sinceramente, eu não consigo me entender. Paralela e ambiguamente, eu quero ter uma pessoa, eu quero amar e ser amada, quero poder confiar e me entregar, viver momentos divertidos, assim como poder estar ao lado dele nos seus momentos difíceis. Lindo isso, não? Sim, mas na teoria, porque na prática as coisas são (MUITO) complicadas pra mim.

Talvez as coisas nunca foram complicadas. Talvez eu as enxergava de forma complicada, fantasiando complicações, dificuldades... fantasiar também sempre foi um problema, porque na maioria das vezes era seguida de frustrações e desilusões. Obs.: falar sobre fantasias/imaginações outra hora.

Eu simplesmente não consigo entender o que se passa comigo! Qualquer iminência de uma aproximação, eu entro em pânico, começo a arrumar desculpas esfarrapadas e, mesmo querendo o contrário, eu acabo estragando tudo e afastando a pessoa de mim.

Sempre foi assim, mas só agora eu pude perceber de forma consciente como é o mecanismo complexo que eu desenvolvi ao longo desses anos. Está claro pra mim que o fato de eu ter tido infância e adolescência muito caseiras (o que eu sempre gostei MUITO) contribuíram para que eu me fechasse no meu casulo, na minha toca e mantivesse os outros afastados, longes de mim. De certa forma, era um tipo de proteção, eu acho. Portanto, não posso reclamar muito da minha vida amorosa nada movimentada, afinal, ela é - em grande parte - fruto do que eu mesma criei.

Ontem, durante uma visita de família, peguei o livro "Minutos de Sabedoria" da minha tia e abri em uma página qualquer. A mensagem era sobre coragem, sobre seguir em frente com os sonhos e não ter medo. Ironicamente, falta de coragem sempre foi um dos meus dilemas. O texto foi perfeito.

Neste momento, estou sentindo a tal da "iminência de uma aproximação" e eu estou tentando não entrar em pânico, muito menos afastá-lo de mim.

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