sexta-feira, 10 de julho de 2009

preto e branco


“...contraste e dualidade. Leve e pesado. Luz e sombra. Céu e inferno, bom e mau, macio e áspero, doce e azedo. O ser humano vive impregnado por esse conceito de dualidade, de opostos complementares e necessários. O homem é, no mínimo, dois. Nenhum de nós é só sombra, e nem só luz...” (256tonsdecinza)


Lendo este post sobre o novo disco da Pitty, percebi o que desde sempre venho tentando entender: a questão não é se encontrar como uma única coisa e sim, assumir sua (inevitável) dualidade. Talvez eu já soubesse disso, mas estava tão impregnada com conceitos metódicos que, sei lá, não conseguia enxergar.


As dissonâncias sempre existirão e, Deus, obrigado por isso!


Acontece que, o fato de conseguir perceber este fato agora, claramente, não me faz um sujeito menos complexo ou problemático e, de certa forma, prefiro pensar que meus problemas, meus questionamentos, minhas incertezas e afins, estarão sempre me guiando para aperfeiçoamentos e aprendizados.


Somos sujeitos desejantes, em busca de uma completude que não existe, já diria o grande mestre Freud. E é essa falta, essa incessante busca pela tal ilusão de completude que nos faz estar sempre em movimento, ou então, estaríamos estagnados, o que seria, definitivamente, um tédio!


Contraste e dualidade. Leve e pesado. Luz e sombra. Céu e inferno, bom e mau, macio e áspero, doce e azedo.

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